
O Acordo de Associação Mercosul-União Europeia: um breve resumo dos aspectos regulatórios e da qualidade
O Mercosul e a União Europeia firmaram um acordo de associação, que abrange diversos aspectos comerciais, tarifários, regulatórios e de qualidade, a serem observados pelos Estados-Membros dos dois blocos econômicos.
O Mercosul e a União Europeia representam, juntos, 25% do comércio mundial, abrangendo cerca de 780 milhões de pessoas, com um PIB de cerca de US$ 20 trilhões.
O acordo prevê que os fornecedores brasileiros terão uma penetração maior no mercado europeu do que os fornecedores europeus no mercado brasileiro. Os marcos regulatórios já estabelecidos pelo Estado Brasileiro serão obedecidos e continuarão em plena vigência. Também ficou acordado entre as partes que a transparência deverá pautar a publicação de novos marcos regulatórios, sempre com a publicação de Consulta Públicas prévias à adoção de quaisquer marcos regulatórios, com um período razoável de contribuição por parte da sociedade civil organizada. Obviamente, dado o princípio da soberania dos Estados, cada qual será livre para definir seus próprios marcos e adotá-los conforme a conveniência de cada um. O Acordo estabeleceu uma agenda de Boas Práticas Regulatórias, já em desenvolvimento no Brasil.
Entre os diversos setores cobertos pelo acordo, está o de Equipamentos Médicos, com desgravação tarifária prevista no prazo de 0 a 10 anos. A União Europeia seguirá aceitando a auto certificação de produtos, enquanto que no Brasil ainda perdura o modelo e certificação por terceira parte, a exemplo do que acontece hoje.
Também estão contemplados nesse acordo, medidas que visam facilitar o comércio entre os dois blocos econômicos, para permitir o acesso às novas tecnologias, porém com a redução da burocracia, em busca da otimização dos custos. Um exemplo disso é o compromisso para o reconhecimento dos Operadores Econômicos Autorizados (OEA), o que permitiria uma significativa facilitação das mercadorias que transitam entre os dois blocos, proporcionando um maior e melhor controle das mesmas. [Veja mais informações sobre OEA no link da Receita Federal]
De toda sorte, o texto final do Acordo encontra-se em fase de tradução e revisão, devendo ser assinado pelos Estados-Parte Europeus e do Mercosul. Uma vez aprovado pela Comissão Europeia, o texto será encaminhado ao Conselho da EU que aprovará a assinatura. O prazo dos últimos acordos dessa natureza foi de cerca de 7,3 anos. Por parte do Brasil, após a assinatura pela Presidência da República, o acordo deverá seguir para a Câmara dos Deputados e, posteriormente para o Senado. Se aprovado, será devolvido ao poder Executivo para ser ratificado.
Fonte: Saúde Business

Cinco serviços que o prontuário eletrônico agiliza na rotina médica
Novidade há alguns anos, os prontuários eletrônicos já se transformaram em realidade na rotina de médicos e enfermeiros. O avanço da tecnologia e a facilidade de uso ajudaram na popularização deste recurso, capaz de otimizar e agilizar inúmeros serviços nos consultórios. Hoje, até mesmo os profissionais mais conservadores e resistentes à inovação já se renderam a esses sistemas. O objetivo, claro, é ganhar tempo para se dedicar àquilo que eles tanto se prepararam – ou seja, o bom atendimento de seus pacientes. Confira cinco serviços que foram impactados com o prontuário eletrônico:
1 – Controle dos dados dos pacientes
O prontuário eletrônico funciona como aqueles grandes arquivos físicos que ocupavam um espaço considerável nos consultórios até pouco tempo atrás. Nele, há todas as informações relevantes dos pacientes, como histórico médico, medicamentos, dados cadastrais, entre outros. O fato de estar em uma única plataforma facilita a gestão destes documentos, permitindo o acesso em poucos cliques. Além disso, é uma opção mais segura, uma vez que não há o risco do conteúdo se perder em gavetas e pastas.
2 – Gestão do consultório
Um médico não deve apenas ser bom no atendimento, diagnóstico e tratamento de seus pacientes, mas também deve ser responsável pela administração de seu próprio consultório. Não é uma tarefa fácil para a grande maioria dos profissionais, que não acostumados a estes conceitos. O prontuário eletrônico surge como uma alternativa interessante, uma vez que reúne todos os processos necessários, como preenchimento de fichas cadastrais, agendamento e demais situações de seus pacientes.
3 – Equilíbrio financeiro
Da mesma forma que a administração, os profissionais de saúde têm pouco (ou nenhum) conhecimento sobre finanças. É um ponto crucial para o desempenho do consultório, uma vez que a falta de equilíbrio neste ponto pode comprometer a operação como um todo. Os melhores sistemas eletrônicos do mercado também auxiliam ao permitirem a gestão controlada de todas as receitas e despesas – além de facilitar o preenchimento dos formulários de convênios, evitando que o médico receba menos do que realmente merece.
4 – Monitoramento do receituário
Fazer o controle de receitas e medicamentos manualmente é um esforço muito grande e sempre suscetível a erros humanos. O avanço da tecnologia e dos prontuários eletrônicos permitiu que esse procedimento ficasse mais ágil e eficiente. Agora, o médico consegue controlar a emissão de receitas, identificando a necessidade de aumento ou manutenção de dosagem em alguns pacientes e o histórico de medicamentos que uma determinada pessoa já tomou em um período de tempo.
5 – Utilização de assinatura digital
Prontuários eletrônicos com a certificação NGS-2 do Conselho Federal de Medicina (CFM) com a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) permitem a sincronização da assinatura digital em sua plataforma. Desta forma, além de gerar documentos já assinados, sem a necessidade de carimbos e assinaturas formais, faz o local dar o primeiro passo rumo à digitalização e à eliminação completa dos arquivos físicos em seu dia a dia.

A baixa produtividade no uso do leito hospitalar no Brasil
O desafio da gestão de leitos é identificar os “gargalos” no fluxo de paciente, otimizar a utilização dos leitos nas unidades de internação e adaptar a relação entre oferta e demanda. Hospitais capazes de reduzir o tempo de permanência podem efetivamente adicionar leitos e melhorar sua capacidade de internação, sem “construir um leito”. Estudo realizado por meio do DRG Brasil apontou que, das diárias hospitalares realizadas na saúde privada, 28% estão em excesso e, no público, 80% das saídas analisadas.
Um dos fatores a que a questão pode ser atribuída é a ausência de gerenciamento da previsão de alta na admissão do paciente.
“Esse gerenciamento ajudaria na preparação de todas as atividades necessárias para que a alta ocorra no momento adequado”, fala o Diretor Técnico da Planisa, Marcelo Carnielo.
A agenda do médico também é um ponto relevante, uma vez que o paciente precisa, muitas vezes, aguardar o dia de atendimento do profissional naquela unidade.
“Nesse aspecto, não são levadas em consideração as consequências para o hospital e a permanência do paciente. Isso têm consequências negativas tanto para o paciente que, quanto mais tempo passar em ambiente hospitalar, maiores são os riscos de eventos adversos; como para o sistema de saúde”, explica. “É preciso cuidar do planejamento da estrutura para otimizar o atendimento. É sempre bom lembrar que o médico não é o vilão, muitas vezes é vítima. É preciso entender que a improdutividade do leito hospitalar tem diversas origens, o problema é sistêmico e não pontual”, ressalta Carnielo.
O paciente que permanece internado sem motivo clínico acarreta custos desnecessários, estimados em R$ 670 por dia a mais em unidades de internação e de R$ 1.856, por dia a mais em unidades de terapia intensiva, de acordo com informações extraídas da base de dados da Planisa em mais de 110 hospitais brasileiros.
Sobre a Planisa
Líder em gestão de resultado para organizações de saúde, a Planisa alcançou, em 2018, a marca de R$ 13,1 bilhões em gestão de resultados, com 329 clientes atendidos. A Planisa dá apoio na gestão de 22 mil leitos, 400 salas de cirurgias e 130 mil colaboradores em hospitais e instituições de saúde de todas as regiões do Brasil, alcançando 18 estados e o Distrito Federal. Desde 1988, a Planisa vem se destacando como referência em consultoria especializada para o segmento da saúde, visando a melhoria contínua da produtividade na área em todo o Brasil e no exterior.
Fonte: Saúde Bunises

Quatro tecnologias que são tendência para indústria médica
O setor de saúde no Brasil é o sétimo maior do mundo. A tecnologia está sendo uma grande aliada da indústria para promover inovação e agilidade
Cada vez mais a tecnologia está mudar a rotina dos profissionais da saúde e transformando o setor. O Brasil é o país que mais gasta com saúde na América latina e o sétimo maior mercado do mundo, movimentando US$ 42 bilhões anualmente, segundo a pesquisa Global Startup Ecosystem Report, do Startup Genome. Em um mercado tão grande, ferramentas digitais ganham espaço ao facilitar o dia a dia de quem trabalha na área.
Segundo Walmoli Gerber, diretor da Vertical Saúde da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), o mercado está se atualizando e entendendo cada vez melhor a relevância da tecnologia para a saúde. “Os grandes hospitais e corporações estão em uma corrida para implementar ferramentas tecnológicas em suas atividades”, afirma Walmoli. “Também há uma busca cada vez maior por profissionais com uma visão inovadora da medicina, atrelada à tecnologia, para agregar cada vez mais capacidade de gestão ao setor e oferecer maiores benefícios para o usuário final dos sistemas de saúde”, completa.
Conheça quatro tecnologias que estão gerando impacto para a indústria da saúde:
Prontuário eletrônico
De acordo com a Resolução CFM Nº 1.821/07, os prontuários médicos em papel que não foram arquivados eletronicamente devem ser guardados por um prazo mínimo de 20 anos após a morte do paciente. Isso gera gastos desnecessários e demanda espaço físico para armazenamento. Com o prontuário médico eletrônico, os documentos ficam salvos desde que são gerados até o fim do período obrigatório com segurança e ocupando apenas a memória dos computadores. “Os médicos assinam os prontuários digitalmente, o que garante sua autenticidade e proteção”, explica Rafael Godinho, Diretor Comercial na BRy Tecnologia, empresa que atua na aplicação de protocolos criptográficos para tornar operações digitais mais seguras.. “Além dos prontuários, a tecnologia de certificação digital pode ser utilizada também para atestado médico online, receituário eletrônico e outros processos, tornando o atendimento mais ágil e mantendo as informações dos pacientes seguras”, afirma o executivo.
Automação para vender
O setor de saúde pública presencia outros desafios, como a falta de verba e a necessidade de atrair representantes da indústria para os processos licitatórios. Conforme ocorre a digitalização dos processos de compra da União, a saúde se beneficia com novos fornecedores e melhores preços. Do outro lado, é preciso oferecer estrutura para democratizar o acesso dos novos fornecedores aos processos licitatórios, e é aí que entra a tecnologia da Effecti. A empresa é especializada em desenvolver soluções de automação para fornecedores participantes de licitação. “Quando o processo ocorre por pregão eletrônico, fornecedores de todo o Brasil podem concorrer. Com a automação, eles ficam habilitados para participar de várias licitações por dia, sabendo quando algum edital está aberto ou não”, diz Fernando Salla, CEO da empresa. Segundo o executivo, isso gera mais economia para o Estado, que passa a ter acesso a produtos mais baratos.
Análise de dados e medicina preventiva
Existem softwares desenvolvidos para otimizar os custos das operadoras de saúde e, ao mesmo tempo, aumentar a eficácia dos serviços ofertados aos usuários. Esse é o objetivo do Dictas, idealizado por uma equipe especialista em ciência de dados, com conhecimento e experiência em gestão de saúde. A ferramenta, que faz parte do portfólio da Softplan de soluções para saúde, fornece um acesso a painéis com indicadores, usando Machine Learning, Big Data e Advanced Analytics, além de inteligência artificial, para detectar gastos desnecessários e que não beneficiam os assistidos pelos planos. Por meio de uma investigação minuciosa, a tecnologia realiza simulações, mapeia os dados coletados e/ou cruzados e recomenda, de forma preditiva, intervenções a serem feitas pelos gestores do sistema. Vai além: também pode ser usada na medicina preventiva, classificando os pacientes por grupos de riscos, sugerindo grupos por tipo de patologia crônica e identificando exames que poderiam ser realizados antecipadamente pelos usuários para evitar o aparecimento e o desenvolvimento de possíveis doenças.
Monitoramento do processo comercial
Em alguns segmentos da saúde, como o de seguradoras ou o de distribuidoras de insumos e equipamentos médicos, o processo comercial é consultivo. Exige dos vendedores diversos contatos com os clientes até que um negócio seja fechado – seja enviando informações, demonstrando a utilização dos produtos ou esclarecendo dúvidas quanto aos contratos, que em geral são longos. Por isso, registrar e acompanhar cada etapa de uma negociação é uma tarefa essencial. Empresas do setor, como a Unimed, têm feito isso com o Agendor, plataforma de gestão comercial e CRM (gestão de relacionamento com clientes). No sistema, em nuvem (SaaS), é possível centralizar dados de clientes, acompanhar vendas e ter maior visibilidade sobre os negócios. As informações podem ser acessadas pelo aplicativo de qualquer lugar, mesmo sem internet. “Com o Agendor, é possível verificar com facilidade quantas ligações foram feitas, que pessoas foram contatadas, como foi a reação a uma proposta, entre outros dados”, diz Gustavo Paulillo, cofundador e CEO do Agendor. “Isso permite identificar padrões e perceber quais práticas de venda funcionam melhor ou quais etapas merecem ser aperfeiçoadas”.
Fonte: Saúde Bunises

Bionexo compra empresa GTT Healthcare, capaz de reduzir perdas de insumos hospitalares em até 90%
A Bionexo – multinacional brasileira líder em soluções digitais para gestão em saúde – acaba de comprar a GTT Healthcare, health tech líder em soluções de auto identificação para controle de estoques e produtos médico-hospitalares. A solução chamou a atenção da Bionexo por ser capaz de oferecer eficiência e governança na gestão de estoque por meio de rastreabilidade e acuracidade sensorial em tempo real. Com a aquisição, a companhia passa a oferecer o que há de melhor em Internet of Things (IoT) aos players da cadeia de saúde brasileira e da América Latina e pretende quadruplicar a participação no segmento em três anos.
“Nossa estratégia de investimento é encontrar soluções que enriqueçam nossa oferta aos clientes, automatizando a cadeia de valor de ponta a ponta. Estamos investindo, em 2019, cerca de R$ 30 milhões em novas tecnologias, tanto internas quanto via aquisições, reafirmando nosso compromisso com o fomento e valorização da inovação e do potencial empreendedor no Brasil”, explica Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
Ao incorporar as tecnologias e experiências da GTT Healthcare, a Bionexo avança ainda mais na execução de sua proposta empreendedora e inovadora e passa a oferecer ao mercado o estado da arte em IoT, auto-identificação de estoques (tecnologia RFID), monitoramento ambiental (sensometria) e gestão de medicamentos refrigerados.
Com atuação nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, a GTT Healthcare nasceu há 10 anos, em Florianópolis, após identificar uma oportunidade de mercado de otimizar e organizar os estoques de produtos médico-hospitalares. Suas soluções são utilizadas para obter reduções de até 90% em perdas de estoque por vencimento e tempo de inventário, bem como para redução de desperdícios e automação de processos de alto valor em tempo real, eliminando falhas humanas.
“Estamos felizes com essa oportunidade de crescimento. A tecnologia RFID é utilizada por alguns dos principais hospitais do país, mas ainda tem pouca penetração na grande massa de instituições de saúde. Acredito que essa nova etapa permitirá ampliar significativamente o controle e rastreabilidade da cadeia, principalmente de materiais médicos de alto custo, o que trará mais eficiência para o setor, além de reduzir a margem de fraudes e desperdícios”, afirma Guido Dellagnelo, CEO e fundador da GTT Healthcare.
A Bionexo oferece soluções digitais para gestão de processos em hospitais, clínicas e planos de saúde. Desde seu nascimento, a health tech brasileira tem construído um ecossistema crescente de clientes em busca de transparência, eficiência e inteligência e, 19 anos após sua fundação, seu marketplace conecta cerca de 1.700 instituições de saúde e mais de 10.000 fornecedores de insumos, com R$ 12 bilhões de transações anuais. No Brasil, impacta cerca de 38% dos leitos privados e 64% dos de alta complexidade. A companhia é líder na construção de soluções digitais em nuvem para saúde e no fomento à inovação no setor, contribuindo decisivamente para a profissionalização e digitalização da cadeia de saúde no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Espanha.
Fonte: Saúde Business

Pesquisadores descobrem proteína que pode reverter surdez
Pesquisadores da Johns Hopkins Medicine podem ter encontrado a chave para restaurar a audição em pessoas com surdez irreversível.
Eles usaram ferramentas genéticas em ratos e identificaram proteínas que controlam as células que detectam o som, conhecidas como células ciliadas, que nascem no ouvido interno dos mamíferos.
Um relatório sobre as proteínas foi publicado no eLife .
“Essas células ciliadas são um dos principais agentes na perda de audição, e saber mais sobre como elas se desenvolvem nos ajudará a descobrir maneiras de substituir as células ciliadas que estão danificadas”, diz a Dra. Angelika Doetzlhofer, professora associada de neurociência da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Como
Para que os mamíferos possam ouvir, as vibrações sonoras viajam através de uma estrutura oca de aparência de caracol chamada cóclea.
No interior da cóclea existem dois tipos de células de detecção de som, células ciliadas internas e externas, que transmitem informações sonoras ao cérebro.
Estima-se que 90% da perda auditiva genética seja causada por problemas nas células ciliadas ou danos nos nervos auditivos que conectam as células ciliadas ao cérebro.
Em mamíferos e aves, as células ciliadas não podem se regenerar e quando ficam danificadas, a perda auditiva é permanente.
Novas células
Os cientistas sabem que o primeiro passo no nascimento de células ciliadas começa na parte mais externa da cóclea em espiral. As células precursoras começam a se transformar em células ciliadas.
Então, como os fãs de esportes realizando “a onda” em um estádio, as células precursoras ao longo da forma espiral da cóclea se transformam em células ciliadas ao longo de uma onda de transformação que pára quando atinge a parte interna da cóclea.
Sabendo onde as células ciliadas começam seu desenvolvimento, Doetzlhofer e sua equipe foram em busca de pistas moleculares que estavam no lugar certo e na hora certa ao longo da espiral da cóclea.
A descoberta
Das proteínas analisadas pelos pesquisadores se destacaram a Activina A e a folistatina.
“Na natureza, sabíamos que a Activina A e a folistatina funcionam de maneiras opostas para regular as células. As duas proteínas realizam um ato de equilíbrio nas células precursoras para controlar a formação ordenada de células ciliadas ao longo da espiral coclear”, diz Doetzlhofer.
“A ação da Activina A e da folistatina é tão precisamente cronometrada durante o desenvolvimento que qualquer perturbação pode afetar negativamente a organização da cóclea”, diz Doetzlhofer.
Os pesquisadores descobriram que altos níveis dessa proteína faziam com que as células se dividissem com mais frequência, o que fez com que mais delas se convertessem em células ciliadas internas de maneira aleatória.
Tratar a surdez
Doetzlhofer diz que sua pesquisa em desenvolvimento de células ciliadas tem aplicações potenciais para tratar a surdez causada por células ciliadas danificadas:
“Queremos usar esse conhecimento para melhorar ou desenvolver novas estratégias de tratamento para perda auditiva.”
Fonte: Só Noticia Boas

Informatização pode gerar economia de R$ 22 bilhões para saúde
Passados 9 meses desde publicação da Lei 13.787 / 2018 ter formalizado a digitalização e gestão eletrônica dos prontuários médicos em hospitais e clínicas, o segmento começa a dar sinais claros de evolução nessa questão, mesmo aguardando novas homologações com direcionamentos mais claros. A expectativa do Ministério da Saúde é que a informatização completa do segmento gere uma economia de cerca de R$ 22 bilhões.
Um exemplo é o do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, localizado em Foz do Iguaçu (PR), que modernizou a sua gestão e ampliou a acessibilidade das informações aos seus pacientes através da implementação da Guarda Gerenciada dos documentos e o do software de Gestão Eletrônica de Documentos (GED) da empresa Arquivar. Com quase 100 mil prontuários organizados e guardados na unidade Arquivar em Cascavel, o Hospital ganhou espaço, e através do software GED passou a controlar buscas e consultas de documentos de pacientes e funcionários.
O processo de modernização das instituições previsto no texto da referida Lei, pode parecer uma novidade, mas o conteúdo repete especificações contidas em leis anteriores já previam e regulavam a microfilmagem de documentos oficiais (Lei 5.433/1968).
Diante dos desafios que a “nova” resolução está impondo às instituições de saúde, estas deverão se adequar a uma realidade de integração de dados, inteligência na gestão da informação, e claro, a mundo com menos papel.
Fonte: Medicina S/A

Novas regras de gestão de dados e o impacto para as empresas
A proteção e o tratamento de dados pessoais são temas de extrema relevância para uma sociedade com interações virtuais sensíveis entre o poder público, empresas e indivíduos. E esse assunto será cada vez mais discutido no Brasil por conta da Lei nº 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), promulgada em agosto do ano passado.
As novas regras relacionadas à gestão de dados passarão a valer no ano que vem depois de 24 meses da sua promulgação. As empresas só poderão coletar, armazenar ou tratar os dados das pessoas físicas com a autorização do chamado “titular dos dados”, que se trata das pessoas às quais se referem os dados pessoais em questão, que podem se tratar de nomes, endereços, telefones, e-mails, características físicas, localização, hábitos, preferências, entre outros.
A autorização terá de ser obtida de forma clara e direta e com a informação de para qual fim os dados serão usados, além de ser necessária nova autorização no caso de uso para outra finalidade. A permissão da utilização também poderá ser anulada a qualquer momento pelo titular dos dados.
Mas, afinal, por que essa legislação é importante?
Juntamente com o Marco Geral da Internet, o objetivo da LGPD é garantir a privacidade dos indivíduos e garantir a segurança jurídica, a transparência, o consentimento e a adequação dos dados fornecidos e coletados.
Além do impacto nas empresas, que terão que realizar processos internos para mudar a gestão que fazem dos dados os quais têm acesso – e não correr o risco de infringirem a lei e sofrerem multas correspondentes a nada menos que 2% do seu faturamento bruto e que podem chegar até R$ 50 milhões – a pessoa física e titular dos dados terá mais condições de evitar, por exemplo, ser alvo de propagandas de empresas que obtém seus dados de contato por meio do compartilhamento de dados entre empresas.
É importante que as empresas se planejem e efetuem as mudanças internas necessárias até que a legislação passe a valer. A lei no Brasil segue tendência global, a exemplo de legislação similar aprovada pela União Europeia já há dois anos.
O presidente Jair Bolsonaro ainda sancionou a Lei nº 13.853/2019, que estabeleceu o rol de competências da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão da administração pública federal, integrante da Presidência da República e que ficará responsável por fiscalizar e aplicar as normas da LGPD.
Uma das alterações legislativas relevantes foi a vedação ao tratamento de dados sensíveis, relacionados à saúde, para prática de seleção de riscos à contratação de modalidades de planos privados de assistência à saúde.
Merece destaque também a permissão legislativa outorgada às empresas públicas para realizar o tratamento de dados pessoais coletados pelo Poder Público para fins exclusivos de segurança pública, defesa nacional, segurança do Estado ou atividades de investigação e repressão de infrações penais.
A nova legislação também estabelece a possibilidade de transferência de dados pessoais detidos pelo Poder Público às entidades privadas, desde que essa transferência seja amparada por previsão legal, contratos, convênios ou instrumentos similares.
Ficará sob responsabilidade da ANPD, dentre outras ações, a fiscalização e aplicação de sanções em caráter administrativo, dentre as quais, advertências, multas, publicização da infração, bloqueio ou eliminação dos dados pessoais.
Por outro lado, a estrutura administrativa da ANPD ficará à cargo da Presidência da República ao longo dos próximos dois anos e será necessário avaliar se tal estrutura será suficiente para causar algum impacto em relação ao rol de competências designadas pela nova lei.
Certamente, é importante destacar que, em um mundo cada vez mais conectado, é essencial que as empresas e pessoas físicas cada vez fiquem mais atentas à forma de lidar com as montanhas de dados com os quais temos acesso diariamente. A legislação surge para garantir direitos e deveres relacionados aos dados e é preciso adaptar-se à nova realidade jurídica que ela propõe.
Sobre a autora
Juliana D’Macedo é advogada especialista em Compliance e Proteção de Dados e sócia do escritório Meirelles Milaré Advogados.
Fonte: Saúde Business

Sete em cada 10 pacientes recebem informações falsas sobre diagnósticos na internet
Pesquisa realizada com 570 médicos registrados na plataforma Doctoralia mostrou que 73% deles receberam algum questionamento de seus pacientes no último ano sobre saúde que ao final descobriu-se ser apenas um boato. Mais do que isso, 72% desses profissionais notaram um aumento desses casos, ou seja, cada vez mais as pessoas procuram diagnósticos na internet e recebem informações que não são fidedignas.
Por exemplo, uma dor de cabeça no campo de busca do Google pode trazer diagnósticos de febre, dengue, meningite, AVC e tantas outras patologias que podem preocupar sem necessidade ou, no pior dos casos, passar uma falsa sensação de tranquilidade. Esse comportamento está fazendo com que os médicos fiquem preocupados com o que eles estão chamando de “cibercondríacos”, aqueles pacientes que se autodiagnosticam por meio de pesquisas na internet.
“Todo site sério sobre saúde ressalta, de uma forma ou outra, que as informações contidas ali não substituem uma consulta médica. Aqui mora o principal problema das pesquisas na internet: as informações acerca de uma condição de saúde ou doença disponíveis online muitas vezes são tratadas como diagnóstico pelo usuário”, diz o médico Frederic Llordachs, cofundador da Doctoralia.
De acordo com a pesquisa, 87% dos médicos atribuem esse aumento aos novos canais de comunicação imediatos (WhatsApp, redes sociais, etc) que permitem a difusão mais rápida dos boatos. As razões que levam as pessoas a pesquisarem seus sintomas na internet vão desde a comodidade até a ansiedade, passando pela dificuldade de atendimento.
Sobre as maiores dúvidas, os médicos puderam escolher mais de um tema na resposta, e entre os entrevistados, os maiores boatos surgem sobre as terapias alternativas. Nesse contexto, 62% dos profissionais são procurados por dúvidas dessa natureza. Em segundo lugar ficam as dúvidas sobre alimentação (45%), seguidas de questões sobre câncer (38%), efeitos adversos de medicamentos (34%), sexualidade (15%), dores (11%), intoxicação por medicamentos (10%) e outras naturezas que somam 7% dos questionamentos.
Mas, nove a cada 10 médicos acreditam que os pacientes deveriam receber formação para distinguir os boatos das informações verdadeiras. “Além de informações que podem estar erradas, ainda há casos em que a informação passada por um parente ou amigo, ganha um ar de credibilidade falso e perigoso. Mesmo quando um diagnóstico é feito em consultório, nem sempre é conclusivo e rápido, ou seja, a saúde merece atenção e cuidado”, explica Frederic.
Fonte: Anahp

Anvisa suspende próteses mamárias da Allergan
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta sexta-feira, 26, a comercialização, distribuição, importação e uso de três modelos de próteses mamárias da empresa Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda. A medida tem caráter cautelar uma vez que a empresa fabricante já iniciou ações de recolhimento voluntário devido ao risco de câncer associado às próteses. No final do ano passado, a agência já havia proibido a comercialização e implantação de dois modelos que agora passam pelo recall mundial.
A decisão da Allergan em fazer o recall foi tomada após a Food and Drug Administration (FDA) — agência americana reguladora de medicamentos — informar ter recebido 116 notificações de um tipo raro de linfoma. Segundo a FDA, mais de 80% dos 570 casos confirmados da doença no mundo têm conexão com os implantes da Allergan. Esses casos fizeram disparar o número de mortes, de nove para 33. Ao menos doze delas dizem respeito a mulheres com as próteses mamárias da empresa.
Apesar disso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) disse em nota que “não há motivo de alarme ou pânico” e que não é necessária a retirada dos implantes caso não haja sintomas. A recomendação inicial é de que as pacientes fiquem atentas à aparição de sintomas, como inchaço e dor na mama, e não hesitem em procurar o médico para tirar dúvidas.
“Todas as pacientes portadoras ou não de implantes mamários devem promover periodicamente os exames rotineiros de prevenção, seguindo as mesmas orientações médicas habituais. Apesar da raríssima ocorrência estatística deste tipo de linfoma, a SBCP permanece vigilante e ativa com investigações científicas em prol da segurança profissional e sobretudo dos pacientes”, disse a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Modelos suspensos
As próteses mamárias da Allergan suspensas pela Anvisa são:
Natrelle Expansor Tissular e Acessórios Allergan (lotes a partir de 25/7/2014);
Natrelle Implante Mamário Texturizado (todos os lotes); e
Natrelle Implante Mamário Duplo Lúmen e e Acessórios Allergan (todos os lotes).
De acordo com a Allergan, os implantes mamários e os expansores de tecido texturizados preenchidos com solução salina e silicone Biocell não serão mais distribuídos ou vendidos em nenhum mercado onde estão atualmente disponíveis.
Casos de câncer
As autoridades de saúde começaram a ligar os implantes ao câncer em 2011. O linfoma anaplásico de grandes células (ALCL) não é um tipo de câncer de mama, mas um linfoma — câncer nas células do sistema linfático — que cresce na cicatriz nos seios. Há um crescimento lento e que usualmente pode ser tratado por meio da remoção cirúrgica dos implantes.
O que diz a empresa
Allergan anuncia recolhimento voluntário das próteses e expansores de tecido texturizados BIOCELL®
A Allergan plc (NYSE: AGN) anunciou hoje (24/07/2019) o recolhimento voluntário, em nível mundial, das próteses mamárias e expansores de tecido texturizados BIOCELL®. A Allergan está tomando esta providência como precaução após a notificação de informações de segurança recentemente atualizadas sobre a incidência incomum de linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante de mama (BIA-ALCL) fornecido pela FDA, agência regulatória americana.
Os implantes mamários e os expansores de tecido texturizados preenchidos com solução salina e silicone BIOCELL® não serão mais distribuídos ou vendidos em nenhum mercado onde estão atualmente disponíveis. A partir de agora, cirurgiões não devem mais utilizar as próteses e expansores de tecido mencionados e todos os produtos em estoque devem ser devolvidos à Allergan. A Allergan fornecerá todas as informações e orientação aos clientes sobre como devolver produtos não utilizados.
A segurança do paciente é uma prioridade para a Allergan. Aconselhamos os pacientes a falarem com seus médicos sobre os riscos e benefícios do seu tipo de implante, caso tenham alguma preocupação.
Importante ressaltar, o FDA e outras autoridades sanitárias não recomendam a remoção ou substituição de implantes mamários ou expansores de tecido texturizados BIOCELL® em pacientes assintomáticos.
No Brasil, o recolhimento voluntário será dos seguintes produtos:
Natrelle® Expansor Tissular (registro ANVISA: 80143600096);
Natrelle® Implante Mamário Texturizado (registro ANVISA: 80143600100); e
Natrelle® Implante Mamário Duplo Lúmen (registro ANVISA: 80143600102)
A Allergan está à disposição para esclarecer dúvidas de pacientes e médicos pelos telefones 0800 14 4077 e 0800 770 7333, de segunda a sexta, das 8h às 17h. Sábados, das 8h às 18h. Domingos, das 9h às 15h.
Fonte: Veja